Transformando a Realidade Urbana
A Zona Viva de cultura e Tecnologia (ZVCT) surgiu de um desejo de longa data: resgatar a conexão entre o Estado e as comunidades que o habitam e constroem diariamente. Em 2022, a ideia começou a tomar forma, impulsionada pela luta do movimento MTST e dos moradores do Residencial José Euclides, localizado no Jangurussu, um território que simboliza a resistência em Fortaleza.
Foi neste Residencial, tão emblemático, que teve início o projeto piloto do programa Zona Viva. Atualmente, a iniciativa conta com cinco unidades espalhadas por Fortaleza, focando na inclusão social, no desenvolvimento humano e na prevenção da violência juvenil em áreas urbanas carentes.
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Fonte: daquibahia.com.br
Por meio de diálogos e colaborações com coletivos culturais e pesquisadores, o sonho de transformar a vivência nas periferias em políticas públicas concretas ganhou força — uma proposta viva, plural e alinhada à realidade das pessoas. Com esse espírito coletivo, apresentei na Assembleia Legislativa do Ceará um Projeto de Indicação de Lei, visando institucionalizar o Zona Viva como uma política pública de Estado.
Um Novo Marco para a Cultura e Cidadania
A proposta contempla a criação de equipamentos voltados para a cultura, tecnologia e cidadania em áreas urbanas vulneráveis, promovendo formação, inclusão digital, geração de renda e prevenção à violência. O Zona Viva vai além de ser apenas um espaço físico; busca ser um verdadeiro agente de transformação social.
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Fonte: curitibainforma.com.br
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Fonte: edemossoro.com.br
A inovação reside não apenas na infraestrutura, mas na concepção de território como um espaço de potencial — um local de vínculos, afetos, disputas e criação. A Zona Viva valoriza o que já existe: grupos culturais, redes de jovens e iniciativas comunitárias, criando as condições necessárias para que essas forças floresçam, fortalecendo a autonomia, identidade e dignidade das pessoas.
Cada unidade da Zona Viva deve integrar quatro eixos fundamentais: cultura e memória; tecnologia e inclusão digital; qualificação profissional e empreendedorismo; e cidadania e direitos. A gestão será compartilhada com a comunidade, liderada por um conselho intersetorial que reunirá Estado, instituições educacionais e organizações da sociedade civil — um modelo que promove a participação popular e a transparência.
Um Futuro Sustentável e Inclusivo
Consolidar a Zona Viva como uma política pública de Estado é garantir a continuidade e ampliação de uma ação que surge do seio das comunidades. Reconhecer que cultura é sinônimo de segurança, que juventude representa o futuro e que tecnologia se configura como cidadania é um passo crucial para a construção de um amanhã mais justo e inclusivo. Essa ideia não apenas promove o desenvolvimento das comunidades, mas também assegura que as vozes que geralmente são silenciadas possam ser ouvidas e valorizadas.
O compromisso com a cultura, a tecnologia e a cidadania pode transformar realidades, oferecendo novas oportunidades e um espaço para que todos possam se expressar e se desenvolver. Ao trazer à tona a importância dessas iniciativas, o Zona Viva se apresenta como um projeto emblemático, capaz de inspirar outras ações semelhantes em diferentes contextos.
