Panorama Logístico Nordeste: Oportunidades e Desafios
O Nordeste, que movimenta cerca de 14% de toda a carga do Brasil, recebeu uma análise abrangente sobre sua infraestrutura de transportes nesta terça-feira (14) em Fortaleza, Ceará. O relatório intitulado “Panorama Logístico Nordeste”, produzido pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística da Infra S.A., foi apresentado durante a 6ª edição dos debates regionais do Plano Nacional de Logística 2050, em colaboração com o Ministério dos Transportes.
Segundo o levantamento, a diversificação dos modais de transporte se configura como uma oportunidade robusta para diminuir custos logísticos, aumentar a previsibilidade no escoamento da produção e fortalecer setores-chave, como o agrícola, mineral e industrial. A análise não apenas traz à tona o atual cenário, mas também projeta um crescimento na demanda por transportes até 2050, destacando corredores prioritários que necessitam de investimentos. Entre esses corredores, estão trechos que ligam Salvador a Juazeiro e Petrolina, além de São Luís a Teresina e Fortaleza, e Recife a Maceió e Aracaju.
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Jorge Bastos, diretor-presidente da Infra S.A., ressaltou a importância das ferrovias para o desenvolvimento regional e reafirmou o compromisso do governo federal em concluir obras essenciais, como a Transnordestina e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). ‘Estamos determinados a finalizar a Fiol II até 2028, conectando nossos portos e centros produtivos. Planejamos também lançar até 31 de outubro o primeiro edital para as obras da Transnordestina, que vai ligar Salgueiro a Suape’, afirmou Bastos.
O estudo destaca ainda o potencial da integração multimodal, enfatizando a importância da conexão entre a Fiol e a Transnordestina. Essa interligação é vista como crucial para fortalecer os elos entre os polos produtivos localizados no interior e portos estratégicos como Suape, em Pernambuco, Pecém, no Ceará, e Aratu, na Bahia.
Além disso, o panorama ressalta o papel significativo do Nordeste na transição energética do Brasil. A região abriga mais de 80% da capacidade instalada de energia eólica e solar do país, o que a posiciona como protagonista na logística voltada para o escoamento de inovações, como o hidrogênio verde e outros vetores da nova matriz energética.